Odeio feriados, ainda mais nessa terça feira, em Buenos Aires, aterrissei aqui para trabalhar, mas os boludos inauguram hoje um dia em memória ao Golpe Militar, para que no lo olviden, y ahora? Agora esse clima de domingo, esse ar parado, essas portas fechas, isso para mim é sempre uma melancolia extrema, o tempo que parece não parar, o eterno fim de tarde.
O almoço com Matias e sua bonita namorada, Flavia, salvou o começo da tarde, tudo bem que era uma pizza e a cerveja brasileira, Brahma, logo Brahma, mejor si fuera Skoll, mas conversamos e conversamos, ela e eu trocando idéias sobre Londres e meio ambiente, indo tão longe que chegamos a Oxossi.
E depois um nada, uma não fazer, um ritmo de oprimir qualquer paulista, mas assim foi. Me encontrei num escritório no meio do nada para fazer um pouco de nada com meus dois companheiros, para fingir que fazíamos alguma coisa. Aí o argentino que aqui me recebe, que com seus ideais cria conversas sobre Cuba e Venezuela no café da manhã, me levou à manifestação sobre o golpe. Aonde? Na Plaza de Mayo, claro. Pude ver um pouco da vieja argentina, San Telmo, a arquitetura dos cortiços, o obelisco lá no fundo. E aquele clima de Fórum Social Mundial fora do lugar, sem nenhuma graça, bandeiras vermelhas, os punks anarquistas, que gosto, mas como já disse neste blog que acho que já eram, perdidos, apenas uma moda, uma estética. Ninguém lê mais os anarquistas. Vontade de um quebra, de repente. Para quebrar aquela sensação quis que a polícia viesse pra cima. Eu correria, chutaria, gritaria. Claro que não veio. A Puerto Maderos entonces.
E o fenômeno se repete. Eu, um amigo, uma breja, desta vez a Patagônia, e conversa sobre pressas, tempos, causas, ideais, etc.
Adiós.
25.3.09
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2 comentários:
que bom que a polícia não foi pra cima.
Daniel! Rachel, do Fênix, lembra de mim? Te achei no twitter do @anunciato, te add.
Bom ter notícias!
Bjoca, voltarei aqui mais vezes!
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