21.1.09

OBAMA e EU

Ainda nada vi, mas já li algumas notas. A viagem a Salvador não me deixou acompanhar a posse de Obama, daqui a pouco vou buscar o seu discurso no Youtube. Mas acordei cedo, fui logo comprar o jornal e li, entre outros, os comentários de Mario Sá Corrêa (O Eco), que sempre tem informações interessantes sobre o campo ambiental. Compõe, para mim, a trinca mais interessante de jornalistas ambientais, enfileirado ao lado de Washington Novaes (grande figura a quem tive o prazer de acompanhar na Jornada Literária de Passo Fundo em 2007) e Sérgio Abranches, que tem spots na CBN.

Enfim, Sá Correa está lá comentando sobre o menu orgânico do banquete de inauguração do novo presidente. Um gesto bem político, me pareceu. E interessante é que ontem na revista do avião eu passei os olhos (confesso ter tido preguiça de ler) uma matéria sobre o Marcos Palmeira e sua fazenda de orgânicos, o que lhe rendeu o prêmio Trip Transformadores, que convenhamos é uma coroação muito mais festiva do que séria...mas tudo bem, viva as festas! Eu acabava de sair de uma reunião com um grupo que atua no setor de alimentos e eles comentavam sobre tendências orgânicas e sustentáveis em seus produtos. E, neste mesmo avião, eu lia uma frase de Bolaño, no sensacional Los Detectives Salvajes, já traduzido ao português, mas ando obcecado com a lengua hispanica e por isso busco originais, que dizia "coincidências não existem, mas sim fatalidades". O artigo de Sá Correa anotava que Alice Waters, "esquerdista culinária", quer agora convencer Obama a plantar uma horta nos jardins da Av. Pensivânia, 1600 (onde é isso? Casa Branca? Eu sei lá, mas creio que fica em Washington). Aí eu me encontrei com a possibilidade de ter saído na frente de Obama, pois no final do ano passado plantei uma micro horta em casa, de mais ou menos 1,5 m2, mas com intenções faraônicas. No pequeno espaço eu espalhei nove espécies, misturando hortaliças, temperos e grãos. Coloquei alface ao lado de milho, cebolinha embaixo de tomate. Pimenta amarela rodeada de cenouras. E muito mais. Está um carnaval absoluto, uma pequena floresta amazônica, mas dizem que do caos a ordem se estabelece. Eu aguardo. Se o Obama quiser, posso ir a D.C. lhe dar orientações básicas de como lidar com essa situação.

E viva Obama. Que tenha muita sabedoria!

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