Ele era alto e magro. Minha cabeça rodava com milhares de coisas. O que estou fazendo aqui? Olho pro teto. Giro. Tento me concentrar. Tanto, tanto, tanto. Um foco, ao menos. O esforço é infinito. O resultado é micro. Hoje falei com muita gente. Ouvi nãos, pode ser talvez, mas não conte. Tenho que parar, fazer outras coisas, trabalhar em outros projetos. Fim de tarde. Esperei o táxi da moça chegar, ela partiu, eu subi as escadas. Boa conversa. Tive novas idéias, odeio minhas idéias, não tenho como fazer mais nada. Nem xixi. Nada. Ficarei aqui, imóvel, o resto da vida. Me afogarei nesta cadeira desconfortável.
Comi carne no almoço, quase pedi coca cola. Mas não, resisti, fui de suco. Nunca tomei água, quase nunca. O dia passa, sempre, e me entupo de café. Café. Encho a xicara e ela esfria enquanto respondo e mails, falo ao telefone, xingo o mundo. Adoro palavrão, não há sinônimos educados que dêem conta de expressar o que eles dizem. Mas não os escrevo, apenas digo, falo.
25.7.08
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