Marião, meu brother, acaba de inaugurar o blog Urubu Vegetariano (http://urubuvegetariano.blogspot.com/). Sensacional. Histórias de índios Wajãpi. O cara morou dois anos com eles, no Amapá.
Um dia, em sampa, me deu um livro. A inconstância da alma selvagem. Eu adorei o título, poético demais. Disse que era do maior antropólogo brasileiro: Eduardo Viveiros de Castro. Acreditei. Deixei o livro ali, pra ser lido. Mas claro que ele foi atropelado e nunca o li. Antropologia me interessa. Li pouco até hoje. Só umas páginas de Geertz.
Depois meu irmão voltou. Viu o livro intacto na estante. Pediu de volta. Dei. Justo.
E no domingo passado o Eduardo Viveiros de Castro, o maior antropólogo brasileiro segundo meu irmão Mário a agora também segundo o jornal O Estado de São Paulo, deu entrevista no caderno Aliás sobre a coisa toda de Roraima. Muito boa. Eu só penso que aquele general que deu as declarações bombásticas, o tal Heleno, é um tosco de graduação maior. Só mesmo a revista veja e o Arthur Virgilio para sustentar o sujeito. Enfim.....
Na entrevista do maior antropólogo brasileiro ele diz, rápidamente, sobre a teoria que desenvolveu: o perspectivismo amazônico. Do pouco que li gostei bastante. Segundo o índio a onça vê o homem como porco e por isso o come. São múltiplas possibilidades. Pensei no grupo de Rondônia que tem uma nascente e bela conversa sobre Identidade Amazônida (com D mesmo, não tá errado não). E também sobre avaliação, que sempre nos convida a olhar com muitos olhos. Quero ver como onça para enxergar porcos suculentos.
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