Nas ribeiriferias de Porto Velho (RO) o pessoal do Hip Hop sacou que lá o movimento deveria ter uma cara diferente, uma pegada local e não buscar se fazer cópia de paulistas e cariocas. Assim articularam o Movimento Hip Hop da Floresta (MHF) que traz para o hip hop os elementos da Amazônia e cria o Hip-Hopzônia.
Saudam e festejam os caboclos e cablocas! Defendem a florestania (floresta + cidadania)! Entre outras 10 teses de seu manifesto.
Sensacional.
E os caras estão agitando geral. Edjales Fama, uma dos líderes, tá puxando um monte de conferências livres da juventude. E elas são nas quebradas da cidade, nas reservas extrativistas com jovens seringueiros ou em terras indígenas com os jovens indíos. Coisa linda, novas olhares e novas vozes.
E também está agitando a qualificação do atendimento de adolescentes em medidas sócio educativas em meio aberto, me chamou prum papo com os educadores de lá. Deve rolar mês que vem, e é claro que levarei os Quadros, nesta que será a primeira excursão do método para fora de SP. Na verdade o método é ainda inédito, vem a público só em maio, mas prometo que antes disso solto um post explicando que raio é esse que sempre permeia meus comentários.
E claro que tem o som. Ouvi umas rimas deles por lá, coisa fina. Bem feita, tratada. Tem categoria. Tentei agitar com o Xis umas demos pra trazer e jogar na mão do Gui Werneck (Discofonia) para ele fazer um pod só de Hip Hopzônico. Não rolou, ainda. Desencontros. Mas vai rolar talvez em abril quando estou por lá outra vez. Aí sentamos ao redor duma mesa, mandamos uma carne de peixe do Madeira, tomamos umas brejas geladas e conversamos sobre as ribeiriferias e suas artes. (Sobre ribeiriferia: ver o tag glossário deste blog.)
Quem quiser sacar mais do MHF, que tá ligado ao Movimento Hip Hop Organizado Brasileiro (MHHOB) manda um e mail pro Edjales Fama: edjales.fama@ig.com.br.
10.3.08
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